Conjunto Habitacional Jardim Lidiane
São Paulo - SP, 2011

Favela Lidiane



Rede de drenagem existente + áreas de alagamento

Rede viária existente

Circuito viário proposto

Situação existente

Implantação setorizada

Lidiane IV

Situação existente | depósito de escola de samba

Cheios e vazios

Uso do solo

Altura das edificações

Mobilidade

Resíduos sólidos

Acessibilidade

Estado das edificações | pontos críticos

Habitabilidade | pontos críticos

Alagamentos

Diagnóstico | sobreposição dos pontos críticos

Estratégia

Implantação proposta

Novos fluxos

Corte da situação proposta

Lidiane III








Térreo

Pavimento tipo

Cortes transversais


Elevação oeste

Unidade tipo
Memorial
Localizado junto à alça de acesso da ponte Júlio de Mesquita Neto, zona norte de São Paulo, o conjunto habitacional do Jd. Lidiane encontra-se em meio a uma zona industrial, de difícil acesso e frequentes alagamentos.
O bairro, hoje em transformação, acomoda além das comunidades da favela, uma nova classe média e carece de espaços públicos, áreas de lazer e equipamentos públicos.
A favela é estruturada a partir de uma única via de acesso, caracterizado por seu vital comércio, frequentado inclusive pelos moradores do bairro.
Levando-se tais aspectos urbanísticos em conta e ainda considerando a rica dinâmica social da favela na qual o conjunto se insere, o projeto assume como ponto capital a criação de espaços públicos de qualidade, que extrapolam os limites do edifício e geram em seu entorno melhorias para toda a comunidade. Desta forma optou-se por criar uma grande praça central no miolo da gleba destinada ao empreendimento, equipada com quadra , bancos e equipamentos de ginástica, que organiza os edifícios em seu entorno e amplia as opções de lazer da região. No seu entorno, conformando uma espécie de loggia para a praça, foram posicionadas áreas comerciais, equipamentos públicos e de uso comunitário: um telecentro, um ponto de leitura e um salão para reuniões da associação de moradores. Em complemento a praça, no alinhamento da rua Sampaio Correia, foram previstas áreas comerciais no térreo e uma marquise desenhada para abrigar os pedestres que passarem por esta calçada.
Do ponto de vista da circulação viária e do acesso ao transporte públicos propôs-se a abertura de uma nova rua que se conecta à uma rua já existente, completando assim o circuito viário, oferecendo mais uma alternativa de acesso à toda favela, conectando-a ao bairro e permitindo a circulação de ônibus em seu interior.
As intervenções na favela que deverá permanecer orientam-se no principio de integração e de acessibilidade, buscando melhorar as condições de habitabilidade e reforçando a estratégia de inclusão desta comunidade à chamada cidade formal
A busca pelo convívio em comunidade guiou a proposta até mesmo no desenhos dos edifícios em si. Toda a circulação se faz por escadas abertas e passarelas elevadas que, afastadas das paredes do edifício, garantem a privacidade de cada unidade e ao mesmo tempo permite o contato visual entre todos os andares. Por fim, nos cruzamentos entre escadas e passarelas se conformam praças de acolhimento cobertas, que com pé-direito de quatro pavimentos de altura conectam os edifícios vizinhos.
Ficha Técnica
Projeto
Conjunto Habitacional Jardim Lidiane
Local
São Paulo – SP
Ano de projeto
2011
Área do terreno
11.146 m2
Área construída
17.944 m2
Equipe
Andrade Morettin Arquitetos
Vinicius Andrade, Marcelo Morettin
Carlos Eduardo Miller (coord.), Beatriz Moretti, Fabio Ucella, Flora Fujii, Lauro Rocha e Valeria Mónigo
Publicações
- Monolito 7 | Habitação Social em São Paulo, São Paulo, Brasil, Editora Monolito, 2012