Retrofit no Edifício Castelo Branco
São Paulo, 2017
Planta subsolo
Planta térrea
Planta pavimento tipo
Corte
Modelo físico
Modelo físico
Modelo físico
Memorial
De presença marcante na paisagem do largo da Concórdia o edifício Castelo Branco é um sobrevivente. A exemplo de inúmeros edifícios localizados na região central de São Paulo, é mais um representante da boa arquitetura moderna da capital que se encontra em desuso.
Desde a Privatização da Datamec, em 1999, o edifício passou anos desocupado em processo de deterioração. Esse processo se arrastou até que seu proprietário, a Caixa Econômica Federal, decidiu desfazer-se do imóvel. O novo proprietário, um empresário e comerciante da região, imediatamente colocou na agenda o projeto de recuperação do edifício.
Localizado em um dos principais polos de comercio de rua da cidade, voltado para o setor de roupas, o edifício tem em seu térreo um grande potencial como posto para o comércio varejista, em contrapartida, os pavimentos superiores tendem a esvaziar-se. Assim, um dos principais desafios do projeto consistia em conferir alguma atratividade para os andares superiores, o que envolvia um novo acesso mais convidativo e fluido. Pela mesma razão o projeto devia possibilitar que as intervenções não interrompessem a frenética atividade comercial do térreo.
O projeto busca assim conciliar duas demandas: criar um novo acesso para os inquilinos das lajes de escritório e valorizar o acesso direto ao espaço de varejo localizado no térreo. Isso foi alcançado, aproveitando uma antiga rampa em desuso, para a instalação da nova entrada que, além de ser mais direta, busca captar a atenção do pedestre para o interior do prédio. A nova entrada foi associada à uma nova marquise, instalada ao longo de toda a face do edifício, de tal sorte que o conjunto adquiriu uma unidade, antes inexistente no nível do térreo.
Esses novos elementos foram projetados de tal sorte que se destacam nitidamente da construção original do edifício. Foram construídos a partir de elementos industrializados leves, como tubos de aço, perfis de madeira e telha ondulada de policarbonato.
Nos conjuntos de escritórios intervenções mínimas buscaram recuperar os acabamentos existentes dentro dos conjuntos. Foi mantido o piso de granilite original nas circulações, os caixilhos de ferro foram reformados e os brises de alumínio foram recuperados. Na cobertura foi proposta a instalação de um pavilhão que abrigará um espaço para eventos e um restaurante. Este equipamento permite o acesso público à uma vista panorâmica e cria um espaço de contemplação no alto do bairro do Brás.
Ficha Técnica
Projeto
Retrofit Edifício Castelo Branco
Local São
Paulo-SP
Ano do projeto
2016
Área do projeto
5000m²
Equipe
Vinicius Andrade, Marcelo Morettin
Colaboradores
GOAA Arquitetos, Joana Mitre, Marina Novaes, Marina Pereira
Projeto Original
Jorge Wilheim
Fotografias
Pedro Vanucci